Esta semana, temos duas datas importantes para refletir sobre as questões raciais em todos os segmentos da sociedade e no mercado de trabalho, que são:
Dia 18/11 – Dia Nacional do Combate ao Racismo.
Dia 20/11 – Dia da Consciência Negra.
A inclusão de pessoas negras nas empresas vai muito além de mensagens de parabéns, luta e referências a heróis do cinema e quadrinhos. Como vimos no post sobre os projetos de inclusão da Gi Group, ter diversidade é bem diferente de ter inclusão.
Uma maioria minorizada
56% da população brasileira é negra e, mesmo assim, a representatividade no mercado de trabalho é extremamente desigual e concentrada em força de trabalho em linhas de produção ou trabalhos braçais, dificilmente abrindo espaço para cargos de liderança ou decisão. Atualmente, apenas 4,7% das vagas executivas e 6,3% das posições gerenciais são compostas por negros. O quadro fica ainda pior se considerarmos as mulheres, onde os números despencam ainda mais, sendo que somente 1,6% de mulheres negras ocupam cargos de alta gerência e 0,4% delas participam de conselhos. Ou seja, a maioria da população negra no Brasil ainda é extremamente minorizada no mercado de trabalho.
Debate necessário
Quem trouxe estes dados recentes do Instituo Ethos foi a consultora especializada no desenvolvimento e aperfeiçoamento de estratégias de diversidade da B4People, Ana Bavon, que mediou o painel diversidade “UM DEBATE IMPORTANTE SOBRE A PESSOA NEGRA NO MERCADO DE TRABALHO”, promovido pela Gi Group. O encontro contou a participação de lideranças negras, como a advogada Melissa Cassimiro, a consultora de cultura inclusiva Camila Santos e a empreendedora Ximene Fernandes. Elas contaram suas experiências, desafios, racismo estrutural e perspectivas. Você pode conferir o painel completo no nosso canal do YouTube. Não deixe de comentar e compartilhar nas suas redes.
Consciência na Gi Group Brasil
“A Gi Group tem trabalhado para se tornar cada dia mais inclusiva, respeitosa e psicologicamente segura para todes. Nos orgulhamos de defender a diversidade e a inclusão e não por acaso, criamos um comitê especial para nunca perdê-la de vista em nossas ações”, afirma Filipe Sena, Especialista de Diversidade e Inclusão da Companhia.
“42% do quadro da Gi Group é composto por pessoas negras e ainda há muito a se fazer, pois interseccionalidade é um dos fatores a se considerar e, fazendo o cruzamento de equidade de gênero com as questões étnico-raciais, vamos garantir a inclusão de pessoas negras, principalmente mulheres, em posições estratégicas” complementa Sena.
“Desenvolvimento de carreira é um dos grandes objetivos que estão contemplados em nossa política de diversidade e entendemos que ações afirmativas e programas específicos são de extrema importância, sendo o mais urgente aqui, não considerar apenas posições de entrada. Perceberemos o impacto real na sociedade quando tivermos no mercado de trabalho, representatividade dessa população sub-representada em posições de liderança. Se posicionar contra o racismo é o início do processo em prol da equidade racial. É bom lembrar que, quanto mais você tiver privilégios por conta de uma hierarquia social, que historicamente favorece pessoas brancas, mais responsabilidade você tem em assumir compromissos para a real mudança”, finaliza o especialista.