Não é de hoje que a diversidade é assunto central na sociedade, e o mesmo vale para o mundo corporativo. Com a globalização e a rapidez de comunicação da internet, todos ficamos cada vez mais conectados e próximos; isso colocou a diversidade nos holofotes de maneira definitiva. As pessoas não são iguais, e muito além de ser uma questão puramente ética ou moral, ter profissionais com diferentes pensamentos, ideologias e experiências passou a ser um incrível diferencial competitivo. Com tudo isso em foco, as empresas mais antenadas vêm usando a gestão de pessoas para promover a igualdade entre gêneros, etnias, faixa etária, classes sociais e necessidades especiais.

O velho preconceito

Em alguns casos, como no da comunidade LGBT, a aceitação bate ainda mais de frente com o preconceito. O mundo está mudando rápido, e a aceitação de diferentes condições e orientações é cada vez mais comum. Aceitar e respeitar é sempre mais positivo do que proibir, negar, e felizmente essa é a tendência mundial. Claro, ainda existem exceções e muita intolerância, mas o movimento principal parece estar no caminho certo.

O Google, um exemplo a ser seguido no que tange à gestão de pessoas, apoia a criação de comitês internos para representar grupos específicos, como Mulheres, LGBT e Afrodescendentes. Segundo Leandro Pólito, Embaixador de Diversidade da empresa e fundador do comitê de pessoas com deficiência, essas iniciativas valorizam a inclusão, informam os outros funcionários e criam um ambiente de positividade. “O Google busca refletir, em seu quadro de funcionários, a mesma diversidade de seus usuários”, explicou Leandro. “A diversidade de perspectivas, ideias, e culturas sempre cria produtos e serviços melhores”.

Ações internas e externas

Como nem tudo é perfeito, não basta atrair os talentos de grupos diversos. Para a retenção desses talentos é preciso conscientizar todo o quadro de funcionários da empresa, através de projetos específicos; essa postura deve estar na filosofia da organização e ser defendida diariamente, promovendo a aceitação. O mesmo vale para a comunidade externa, que também precisa ser informada, e os grupos em questão, empoderados através de ações específicas. Tudo isso fortalece o argumento da diversidade em todos os lugares, no nosso dia a dia.

Líderes diversificados

Todo esse trabalho de conscientização da comunidade e do quadro de funcionários é essencial para outra questão importante afim de sacramentar a inclusão e o fim dos preconceitos: gerar líderes diversificados. Hoje em dia, grandes empresas multinacionais fazem questão de formar suas equipes de executivos com profissionais das mais variadas origens e experiências, possibilitando uma tomada de decisões mais eficiente e estratégica. Muito mais do que cotas definidas por lei, algumas empresas já trabalham com metas internas de inclusão e diversidade, ou seja, contratando obrigatoriamente pessoas de diversos grupos e minorias.

O foco agora precisa estar em tornar esse posicionamento algo natural; que a aceitação das diferenças deixe de ser uma atitude nobre e elogiável e se torne simplesmente o melhor a fazer. Para seu próprio bem, as empresas devem transformar a gestão de diversidade numa prioridade – deixando de apenas preencher cotas para escolher as pessoas que elevarão os produtos e estratégias a um novo patamar. Diversidade agrega valor, e com uma equipe diversa sua empresa nunca se verá presa a uma única perspectiva.

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