Em 21 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, uma data muito importante e que nos convida a pensar em como podemos garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados.
A data foi oficialmente instituída em 2005, mas é comemorada desde 1982, pela iniciativa de movimentos sociais. É um dia extremamente importante para os brasileiros, visto que o país tem quase 46 milhões de pessoas (cerca de 24% da população) com algum grau de deficiência. A informação é do Censo 2010, e considera como PcD (pessoa com deficiência) todas os indivíduos que têm alguma deficiência intelectual ou algum grau de dificuldade em enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus.
Todas essas pessoas encaram muitos desafios no dia a dia, como a falta de acessibilidade e o preconceito. Quando olhamos para o mercado de trabalho, o cenário também é desafiador. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2019, as PcDs representam menos de 1% de trabalhadores formais do Brasil. Além disso, mais da metade dos cargos ocupados por essas pessoas são de assistente, enquanto cargos de liderança, como o de gerência, direção, ou presidência, representam menos de 5%.
Isso acontece porque muitas vezes as contratações são feitas apenas para cumprir a Lei de Cotas, a qual estabelece que empresas com cem ou mais colaboradores precisam ter um percentual de PcDs em seu quadro de funcionários. A lei, em vigor desde 1991, não trouxe junto uma cultura organizacional forte de inclusão, dificultando o desenvolvimento desses profissionais.
O mercado de trabalho traz diversos desafios para trabalhadores com deficiência, como: propostas de trabalho que divergem do seu perfil, evolução lenta na carreira, preconceito, despreparo de gestores, falso compromisso com a inclusão e infraestrutura inadequada.
Essa barreira precisa ser quebrada, para construirmos ambientes de trabalho cada vez mais inclusivos e humanos. A capacidade de liderar pode estar em qualquer pessoa, e a deficiência não é um impeditivo. Por esse motivo, é tão importante que as empresas tenham pessoas preparadas para receberem as PcDs em sua equipe e que a cultura de aprendizagem seja considerada como parte da inclusão. É necessário educar as pessoas.
A responsabilidade, porém, não recai somente sobre gestores e a área de recursos humanos. Todo o quadro de profissionais tem o papel de tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo, isso começa com a informação e a desconstrução dos preconceitos, além da prática da empatia e do respeito.
A diversidade e a inclusão têm se tornado, nos últimos anos, cada vez mais relevantes. A Gi Group tem o compromisso de construir um ambiente mais diverso e inclusivo. Uma das ações implementadas foi a criação de um Comitê de Diversidade, com o pilar PCD+, lançado em 2020. O primeiro encontro já aconteceu e ao longo dos anos ele servirá como guia para a companhia, trazendo propostas e ações para garantir que o objetivo seja cumprido.
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência nos faz refletir sobre o nosso papel como cidadãos, colegas de trabalho, amigos e familiares, de cada vez mais termos uma postura ativa em garantirmos a inclusão e a diversidade nos ambientes que frequentamos. Quase um quarto de brasileiros enfrentam muitos desafios no dia a dia por terem alguma deficiência, a nossa responsabilidade é fazer com que isso mude ao longo do tempo.